quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

"A guerra e a paz" de José Augusto-França


Hoje às 19 horas na Biblioteca do Grémio Literário, um Homem que admiro lança mais um livro.
Reproduz-se artigo da jornalista Ana Vitória publicado no Jornal de Notícias.

O novo romance de José Augusto-França, "A guerra e a paz", atravessa os anos 40 franceses da ocupação alemã, os anos 60 lisboetas das revoltas estudantis e os 70 da revolução. "Mas não é um romance histórico", refere a editora.
Depois de "Ricardo Coração de Leão" e de "João sem terra", que são "Duas vidas portuguesas" (2007 e 2008), José Augusto- França apresenta "um romance histórico que o não é, em tão explorado género literário, mas sim, na realidade, um romance dos tempos". A obra atravessa os anos 40 portugueses e franceses da ocupação alemã, os anos 60 lisboetas das revoltas estudantis e os naos 70 da revolução.
A história é narrada a partir dos anos 90, vividos numa velha casa do Anjo. "A Guerra e a paz" é "um romance de memórias e dúvidas, amores e desamores do nosso tempo. Como outrora se dizia, trata-se de destinos individuais inscritos no contexto histórico". O título do livro remete para a obra homónima que Leon Tolstói escreveu há 140 anos.
"Não disse, recentemente, Doris Lessing, Prémio Nobel da Literatura em 2007, a propósito do romance contemporâneo, que ele tem uma vida após Tolstói? E ele próprio, Tolstói, não escreveu que a guerra é de todos e a paz de cada qual?", justifica, interrogando, uma nota da editora.
Catedrático jubilado da Universidade Nova de Lisboa, José Augusto-França presidiu ao Instituto de Língua e Cultura Portuguesa e à Academia de Belas Artes e dirigiu o Centro Cultural Português da Fundação Gulbenkian em Paris, França.
Nascido em 1922, em Tomar (a cujo museu municipal doou grande colecção de pintura), doutor em História e em Letras pela Sorbonne (Paris), tem obra publicada, do ensaio à ficção, com relevo para a história da arte contemporânea portuguesa.
Director da extinta revista "Colóquio-Artes" (1971-1997), enquanto teórico e divulgador, pertenceu ao Grupo Surrealista de Lisboa, de que fizeram parte, entre outros, Mário Cesariny de Vasconcelos e Alexandre O'Neill.
Colaborou, com artigos de crítica de arte e cinema, em inúmeras revistas e jornais literários portugueses e estrangeiros, destacando-se, no último caso, "Art d'Aujourd'hui" e "Cahiers du Cinema", e foi director de "Unicórnio" e co-director de "Cadernos do Meio-Dia".
Destacam-se na sua obra "Natureza morta", "Despedida breve" (ficção), "Azazel" (teatro) e, no ensaio, "Almada Negreiros, o mestre sem obra", "O romantismo em Portugal" e "O modernismo na arte portuguesa".
A apresentação do novo romance, a cargo de Hélder Macedo, está agendada para a próxima quarta-feira, pelas 19 horas, na Biblioteca do Grémio Literário, em Lisboa.

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