domingo, 13 de dezembro de 2009

Território de Macau cresce 180 campos de futebol


Em Macau, nada parece impossível. Tudo parece ser uma questão de imaginação, força de vontade, poder - e dinheiro, claro, muito dinheiro. A última notícia que nos chega da agora RAEM - a sigla da Região Administrativa Especial de Macau - é sobre o aumento do território. Nada mais, nada menos que 361,65 hectares, o equivalente a uns 180 relvados de futebol juntos, roubados ao rio das Pérolas.

Como a actual superfície de Macau é de 29,2 km2, isto significa que, de futuro, o território vai esticar cerca de 12 por cento.

A autorização foi dada muito recentemente pelo Conselho de Estado da República Popular da China, o órgão de cúpula do poder em Pequim. Atendendo à data em que a decisão foi divulgada, estamos perante uma espécie de "prenda" da mãe-pátria pela passagem dos primeiros dez anos de Macau sob administração chinesa.


A maior densidade populacional do mundo
O aumento do território havia sido solicitado pelo governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), a designação oficial de Macau desde o dia 20 de Dezembro de 1999, data da transferência da administração de Portugal para a China.
A escassa dimensão tem sido um dos principais problemas de Macau, constituindo, a partir de certa altura, um entrave quer ao crescimento demográfico quer à diversificação económica. Com 538 mil habitantes (dados de 2007), Macau é considerado o território com maior densidade populacional do mundo: 18.811 habitantes por km2.

O território - composto pela península de Macau e pelas ilhas de Taipa e Coloane - não tem cessado de crescer, por via de sucessivos aterros, feitos à base de terra "roubada" às ilhas e montanhas circundantes.


Cidade judiciária e ponte até Hong Kong
Em 1989, quando faltavam dez anos para a transferência de soberania, a superfície era apenas de 17,4 km 2. Desde então, Macau quase duplicou. Em 1999, quando a bandeira portuguesa foi arriada, a superfície já era de 23,6 km 2, muito por via do aeroporto mandado construir pelo governador Carlos Melancia, mas inaugurado já na vigência de Rocha Vieira.
Durante os dez anos do Governo de Edmond Ho - que no próximo dia 20 será substituído por Fernando Chui Sai On -, o território cresceu para os actuais 29,2 km2 e irá aumentar, em breve, para os 32,8.

Parte dos aterros servirá para edificar, junto à estátua da deusa Kun Iam, uma espécie de cidade judiciária, projectada por vários arquitectos portugueses. Noutra área ganha ao rio, perto das Portas do Cerco (a tradicional fronteira terrestre com a China), está previsto que sejam construídos os acessos à futura ponte que ligará o território a Hong Kong e à área vizinha de Zhuhai - e que, pela sua dimensão e ousadia, passará a ser uma das grandes obras do actual regime chinês.

fonte: jornal Expresso

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