quarta-feira, 31 de março de 2010

Eurovisão - 1972



Eurovisão - 1972

terça-feira, 30 de março de 2010

Geely compra Volvo por 890 milhões de euros

A Ford vendeu a Volvo à marca chinesa Geely, num negócio de 1,8 mil milhões de dólares (890 milhões de euros) e naquela que é a maior aquisição feita por um fabricante chinês no estrangeiro. O acordo anunciado ontem resulta de negociações que começaram há 18 meses.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=417221

Eurovisão - 1971

segunda-feira, 29 de março de 2010

Freguesias vão ajudar contribuintes a entregar declarações de IRS - Economia - PUBLICO.PT

Freguesias vão ajudar contribuintes a entregar declarações de IRS - Economia - PUBLICO.PT

Eurovisão - 1970

domingo, 28 de março de 2010

Atitude dignificantes

António Capucho pôs o seu lugar de conselheiro de Estado à disposição do presidente eleito do PSD, Pedro Passos Coelho, que recusou, disseram à agência Lusa fontes próximas dos dois sociais democratas.

De acordo com as mesmas fontes, o presidente da Câmara Municipal de Cascais contactou Pedro Passos Coelho esta manhã, manifestando-se disponível para renunciar ao seu lugar no Conselho de Estado para que o presidente do PSD pudesse estar representado no órgão de consulta do Presidente da República.

Passos Coelho não aceitou, respondendo a António Capucho que tinha toda a confiança nele para representar o PSD junto do Conselho de Estado.

Fonte próxima de António Capucho adiantou à agência Lusa que este mantém a disponibilidade para renunciar ao lugar, por entender que Passos Coelho enquanto "líder da oposição" deve fazer parte do Conselho de Estado.

Francisco Pinto Balsemão e António Capucho foram eleitos membros do Conselho de Estado pelo Parlamento em Novembro do ano passado, por proposta do PSD. Os dois já integravam o órgão político de consulta do Presidente da República na anterior legislatura.•

Fazem ainda parte da lista aprovada pelo Parlamento, como membros suplentes indicados pelo PSD, Luís Marques Guedes e José de Matos Correia.

Por indicação do PS, foram eleitos membros do Conselho de Estado António de Almeida Santos, Manuel Alegre e José Joaquim Gomes Canotilho, sendo suplentes José Vera Jardim e Alberto Arons de Carvalho.

In jornal Público

Uma aula


sábado, 27 de março de 2010

Pedro Passos Coelho, Presidente do Partido Social Democrata


Partido Social Democrata - resultados eleitorais

Presidente da Comissão Política Nacional - resultados nacionais

Pedro Passos Coelho - 61,1%
Paulo Rangel - 34,6%
Aguiar Branco - 3,6%
Castanheira Barros - 0,3%
Brancos - 0,3%
Nulos - 0,1%

Presidente da Comissão Política Nacional - resultados Secção de Moscavide

(207 votantes)

Pedro Passos Coelho - 106 votos
Paulo Rangel - 90 votos
Aguiar Branco - 7 votos
Castanheira Barros - 3 votos
Brancos - 1
Nulos - 0


Delegados ao XXXIII Congresso - resultados Secção de Moscavide

(200 votantes)

Lista A - 172
Brancos - 19
Nulos - 9

Eurovisão 1969

sexta-feira, 26 de março de 2010

Pedro Passos Coelho - resumo da campanha


Partido Social Democrata - Hino

quinta-feira, 25 de março de 2010

Pedro Passos Coelho - 24 Março

Eurovisão 1968

quarta-feira, 24 de março de 2010

Pedro Passos Coelho - 23 Março


Eurovisão 1967

terça-feira, 23 de março de 2010

Hoje no Teatro Nacional D. Maria II



Eurovisão 1966

segunda-feira, 22 de março de 2010

Pedro Passos Coelho - diário de campanha - 21 Março


Precisão

Eurovisão 1965

domingo, 21 de março de 2010

Passos Coelho: “Temos o primeiro-ministro mais descredibilizado desde o 25 de Abril” - Política - PUBLICO.PT

Passos Coelho: “Temos o primeiro-ministro mais descredibilizado desde o 25 de Abril” - Política - PUBLICO.PT

Primavera

Eurovisão 1964

sábado, 20 de março de 2010

19 Março 2010 - Pedro Passos Coelho

Mudar

O candidato à presidência do PSD Pedro Passos Coelho propõe na sua moção de estratégia global um modelo de voto preferencial opcional nas legislativas, que permita aos eleitores indicarem, além do partido, o candidato que preferem.

Por outro lado, na sua moção de estratégia global, intitulada “Mudar”, Passos Coelho promete que, se vencer as directas de 26 de Março, criará no PSD um conselho consultivo composto pelos militantes que foram presidentes do partido, primeiros ministros e presidentes da Assembleia da República.


“Sem prejuízo de podermos vir a considerar outras alternativas existentes nos sistemas político-eleitorais, defendemos a introdução de mecanismos de personalização das escolhas pela via do voto preferencial opcional”, refere a moção de Passos Coelho, no capítulo da reforma do sistema político.

Trata-se de um “mecanismo que requer a reconfiguração dos círculos eleitorais, de modo a combinar a existência de um círculo nacional com círculos locais menores, onde o eleitor poderá exercer um voto nominal escolhendo, assim, o seu candidato preferido, para além da escolha do partido da sua preferência”, expõe o candidato à presidência do PSD.

“A reforma manterá, essencialmente, o sistema de representação proporcional que vigora hoje, mas abre espaço à correcção de um dos aspectos em que o seu desempenho tem sido menos eficaz: aproximação de eleitores e eleitos”, considera.

Passos Coelho defende ainda que se deve discutir “a dimensão do nosso Parlamento” e que a lei eleitoral para as autarquias locais deve ser revista, passando os vencedores em cada município a ter “total liberdade de escolha dos executivos”, havendo ao mesmo tempo um reforço dos poderes das assembleias municipais.

Quanto à justiça, o ex-vice-presidente do PSD defende, entre outras medidas, que seja “reposto o antigo regime de prisão preventiva” e que “deve ser feito um reforço dos efectivos operacionais nas forças policiais, já que o sistema se defronta com uma escassez de recursos humanos devidamente treinados em actividades de policiamento”.

No que respeita ao PSD, Passos Coelho propõe ainda “criar secções temáticas virtuais onde as pessoas poderão intercambiar conhecimentos” e que possam incluir simpatizantes ou eleitores do PSD, pessoas sem filiação partidária”, o que, diz pressupõe a criação de um “estatuto do simpatizante”.

Comemorações dos 200 anos das Guerras Peninsulares



Hoje na Fundação Gulbenkian



Eurovisão 1963

sexta-feira, 19 de março de 2010

Boas notícias

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=166501

Eurovisão 1962

quinta-feira, 18 de março de 2010

Pedro Passos Coelho - RTP - 17 Março 2010

Eurovisão 1961

quarta-feira, 17 de março de 2010

Grande Entrevista - Pedro Passos Coelho

Hoje às 21h30 na RTP 1, no programa Grande Entrevista, Judite de Sousa entrevista Pedro Passos Coelho.

Norma Inconstitucional?


O constitucionalista Jorge Miranda considerou que a norma que impõe sanções aos militantes do PSD é inconstitucional, defendendo a sua alteração, sob pena de os tribunais poderem recusar a sua aplicação.·


Em declarações aos jornalistas à margem de um encontro sobre o Tratado de Lisboa, na Faculdade de Direito de Lisboa, o especialista em Direito Constitucional salientou que “os partidos políticos não são meras associações privadas, são associações de direito constitucional, e portanto as normas dos estatutos dos partidos políticos têm de se conformar com a Constituição”.

Para Jorge Miranda, esta norma “põe em causa a liberdade de expressão dos militantes” e “o princípio do artigo 51 da Constituição, que é o princípio da organização democrática dos partidos, com participação de todos os seus membros”.

“Na minha opinião, é uma norma inconstitucional”, sublinhou, acrescentando que a alteração estatutária é também contrária à Lei dos Partidos. Jorge Miranda defende a alteração da norma e adverte que, caso se pretenda aplicar, “os tribunais poderão recusar, por inconstitucionalidade”.

Eurovisão 1960

terça-feira, 16 de março de 2010

Alegrias do Atletismo Português II

Doha (Quatar) - Naide Gomes venceu a medalha de prata no salto em comprimento nos Campeonatos do Mundo de Atletismo em Pista Coberta, sagrando-se vice-campeã mundial, com um salto de 6,67m. A atleta portuguesa subiu mais uma vez ao pódio, perdendo apenas para a campeã mundial de 2009, a norte-americana Brittney Reese. O resultado tem ainda mais valor tendo em conta que Naide Gomes, vinda de uma lesão, conseguiu chegar à boa forma em tempo-recorde... e a tempo de ganhar mais uma medalha.
Na prova de 3000m, as fundistas portuguesas demonstraram mais uma vez serem das melhores do Mundo, intrometendo-se na armada de atletas africanas. Sara Moreira, vice-campeã europeia em 2009, foi 6ª classificada, enquanto Jessica Augusto, que assumiu a liderança da prova durante muito tempo, marcando o ritmo e quebrando o pelotão, foi 8ª classificada.

Carta de Pedro Passos Coelho ao Presidente do Congresso do PSD

Exmo. Senhor Presidente do Congresso do Partido Social Democrata,

Senhor Dr. Rui Machete,
Lisboa, 15 de Março de 2010

O último Congresso Extraordinário do Partido dedicou pouco tempo e nula atenção às propostas de revisão estatutária. Como resultado destes dois factores foi aprovada uma norma que determina a interposição de procedimento disciplinar aos militantes que nos 60 dias anteriores à realização de um acto eleitoral manifestem pública discordância com a direcção do Partido.

Não tenho qualquer dúvida de que uma discussão mais prolongada e uma atenção mais focada dos congressistas nesta disposição de revisão estatutária teria sido suficiente para impedir a sua aprovação. Estou convicto de que o conteúdo da norma em questão não corresponde ao sentimento dominante nos militantes do PSD já que se confronta com a luta a favor da Liberdade e pela efectiva aplicação dos direitos fundamentais que sempre constituiu a matriz essencial do nosso Partido.

Julgo que a aprovação da disposição de revisão estatutária já referenciada representa um erro grave que está a prejudicar a imagem do Partido – nesse sentido, urge corrigir o equívoco criado.

Nos próximos dias 09, 10 e 11 de Abril o Partido Social Democrata reúne-se de novo em Congresso, desta vez um Congresso Ordinário.

Do ponto de vista formal, nada impede que o Congresso Ordinário proceda à alteração da Ordem de Trabalhos aprovada em Conselho Nacional. E do ponto de vista material e político, e, sobretudo, os interesses superiores do Partido, aconselham a que seja realizada essa mudança estatutária.

É o que desde já proponho a V. Exa., sem prejuízo de posterior formalização do pedido.

Entendo, e desde já faço esta proposta, que o primeiro ponto da Ordem de Trabalhos do próximo Congresso seja exclusivamente destinado à apreciação e votação da norma em causa.

Com os meus melhores cumprimentos e cordiais saudações

Pedro Passos Coelho

Esta Senhora é Deputada na Assembleia da República Portuguesa

http://www.sabado.pt/Pessoas_V2/Entrevista-Dura/Ines-de-Medeiros/Ines-de-Medeiros.aspx

segunda-feira, 15 de março de 2010

Discurso do Presidente da Comissão de Honra de Pedro Passos Coelho, Paulo Teixeira Pinto

PORQUÊ E PARA QUÊ



Portugal está à espera.
Portugal está à espera do PSD.
Portugal está à espera que o PSD volte.
E o PSD vai voltar.
Vai voltar a ter de governar.
Vai ter de governar bem.
Vai ter de governar bem para cuidar bem da esperança de todos os que em si confiam.
Porque essa obrigação pode mais, bem mais, do que qualquer poder.

A verdadeira natureza da política é escolher.
O que implica querer uma coisa e, simultânea e consequentemente, recusar todas as que com ela conflituem. Neste caso o dilema é de uma clareza refulgente: ou se recolhe o prémio da vitória eleitoral para investir no futuro ou se subscreve uma apólice de usos passados.

A política existe moldada à realidade e não como adereço de uma utopia. Conviria, aliás, que aqueles que vivem a falar de sonhos descobrissem que só se sonha a dormir. E que é tempo de acordar.
É obrigatório estar bem desperto, porque o tempo vai adiantado e está perigoso. Talvez mesmo de vigília.
Em qualquer caso, pretender-se comparar putativas soluções ideais com aquelas raras que são as possíveis não é só uma prova de ingenuidade – é sintoma de conhecida maldade.

Acabou o tempo da murmuração e dos proto-candidatos. Quem quer que ache que tem algum impedimento a invocar que o diga agora, que é tempo disso, pois que a cerimónia não está ainda encerrada.
E esta é também a hora de quem se ache predestinado a grande ventura.
Calar agora obriga ao silêncio futuro.

A unidade faz-se depois das eleições – e unidade é o contrário de unanimidade. Mas isso também o sabe - aliás melhor do que ninguém - quem vive a vida a apreciar ou depreciar a vida dos outros.

Depois destas eleições não estará mais na disponibilidade do gosto ou do desejo de qualquer um apontar o trilho a seguir. A vantagem dos caminhos de sentido único é que ninguém pode ter dúvidas sobre a direcção a seguir. Aqui já não há encruzilhadas. Não há nada que enganar. É só seguir em frente e apoiar o melhor candidato.

E o melhor candidato nestas eleições para a liderança do PSD é Pedro Passos Coelho.

Direi agora porquê e para quê.



I. PORQUÊ

Só há uma boa razão para eleger um líder: conquistar e exercer o poder em nosso nome mas para o bem de todos. Tudo o resto que venha a ser alcançado poderá ser muito meritório mas é evidentemente irrelevante para este exercício. E quem falha no essencial também não serve para o acessório.

Consta da própria definição das regras do jogo político que não há nunca empates. Só há dois resultados possíveis: perder ou ganhar. E o que se ganha é sempre algo que a prazo, por natureza, estará também inelutavelmente perdido - o poder.

O que é um líder? É alguém que quando se candidata à função não causa estranheza nem tem de se justificar, porque a lógica da naturalidade é evidente e bastante.

É alguém que se candidata por si mesmo e não porque um faltou ou outro não foi capaz de arriscar.

É alguém que se candidata em coerência com um percurso e não porque julga ter ouvido apelos do além – que aliás são sempre d’aquém.

É alguém que sabe reservar o “Eu” para assumir responsabilidades e o “Nós” para evocar vitórias.

É alguém que quando se candidata o faz em resultado de um processo de maturação e não porque se pretenda providencial.

É alguém que quando se candidata não pode ter o despudor de dizer que o faz por sacrifício ou contrariado.

É alguém que não desconhece que as palavras grandiloquentes denunciam ou o vazio, quando declamadas num concurso de beleza, ou o perigo populista, se proclamadas no combate politico.

É, enfim, alguém que quando se candidata não diz “empurrem-me” mas sim “sigam-me”.

É também alguém que sabe que quem não ganha o partido não pode ganhar o País - e que quem não ganhar o Pais não pode querer governar.

É, portanto, alguém que sabe que a autoridade, tal como o respeito, não se herda nem se transfere – conquista-se.

É por tudo isto que o PSD não precisa de mais um presidente mas de um verdadeiro líder – um daqueles que por pensarem pela sua própria cabeça não carecem de uma bicefalia.

Um líder que tenha memória, porque quem não tem memória também não tem história e quem não tem história não tem futuro.



II. PARA QUÊ

A política é a distância que vai da mera gestão da conveniência pessoal ou tribal à real opção pelo bem comum. Assente isto, haja ânimo. Sem esquecer que também na política o exemplo é a melhor de entre todas as lições.

Nenhum programa substitui ou é alternativo da confiança. Este é o valor maior da política. Sem ela nada vale a pena. Mas só se confia no que se acredita. E só se acredita no que se conhece.
A credibilidade não é um meio para se poder vencer. É um princípio para procurar o fim último da política.

Uma agenda política própria significa dividir os temas entre duas grandes categorias: os que só são resolúveis mediante consensos e aqueles outros que não são negociáveis. Também aqui os últimos devem ser os primeiros.

Primeiro devem identificar-se os adversários políticos. Só depois se podem reconhecer os amigos. Porque só estes sabem que persistir significa fazer o que é devido. E que lealdade não quer dizer que sim a tudo.
Nenhuma revisão de regime ou mudança de sistema poderá contribuir mais para o restabelecimento de uma credibilidade mínima da política do que o respeito pelos adversários.

A escolha das pessoas é, a todos os níveis, a primeira e mais determinante de todas as decisões. E também a mais significativa. Logo aí se vê quem é quem. Os fortes de carácter e os tíbios de carreira. Os responsáveis bons procuram pessoas de qualidade. Não receiam nem invejam o brilho dos seus colaboradores. Pelo contrário, porque se sentem seguros de si mesmos, sabem que quanto melhores estes forem mais sucesso terão. Já os fracos preferem quem não se lhes possa comparar, pelo que invariavelmente se fazem acolitar de gente medíocre.
Os lugares políticos não são, por conseguinte, assuntos menores. Pelo contrário, são questões maiores e decisivas. Em política, ao contrário do que os costumes oficiais preceituam como sendo de bom tom, só há casos pessoais. Porque, como não há duas pessoas iguais, nenhuma escolha é indiferente. Além de que, até prova em contrario, a política só é feita por e para pessoas.

Avisa a prudência e aconselha a lucidez que nada de importante seja feito sem a devida e maturada reflexão. Em regra os problemas são todos surdos – isto é, não se resolvem por gritarmos com eles ou contra eles. Coisa diferente é dissimular a realidade. Felizmente que aqui ainda resta um último óbice: haver quem perceba e discorde.

A política pós-moderna tende a deixar de diferir de qualquer outro mercado. Ou seja, no limite, já (quase) não há Política mas tão só um mercado de ofertas públicas. Ora, não pode ser assim.
Não pode mais ser assim.
É preciso voltar à Política.
É precisa a Política.
Aquela mesma onde os titulares últimos do poder são os eleitores, ou seja, os mesmos cidadãos a quem também se chama, conforme as circunstâncias, consumidores, ou espectadores, ou utentes.

As consequências de não haver um confronto ideológico claro e real são várias e todas nocivas. Em primeiro lugar, porque fica seriamente prejudicado um dos principais atributos do sistema democrático, que consiste precisamente na alternância, não só de pessoas mas também de políticas. Em segunda razão, porque desta sorte se fermenta a potenciação das soluções e dos meios que mais manifestamente antagonizem o cânone vigente. Por outras palavras: é esta normalização de um pensamento único que fomenta, como directa e necessária consequência, o populismo. Que fere em primeira linha a moderação da razão. Independentemente do que os populistas possam pensar - se se der o caso de pensarem coisa alguma.

Acresce que também na política as melhores vias são as mais seguras. Mesmo quando a mais segura não seja a mais curta. Ponto é que se saiba onde se quer chegar. Realmente, se assim não fosse, para que serviria pertencer ao lado da maioria se se estivesse desacompanhado das próprias convicções?

A composição política não pode ser só um jogo. Seja este de prazeres ou de influências. É um trabalho nobre que implica uma responsabilidade grave. Afinal, o que há de maior alcance do que decidir sobre a vida de terceiros? Por isso, a opção política também não é apenas uma gestão de riscos. E não há risco maior do que se fazer apenas o que é conveniente e não o que deve ser feito.

Na política só um conselho é útil: não abrandar nunca o exercício do que se é suposto dever fazer, nem por mau tempo ou má sorte. Mesmo com o óbice da inconveniência ou a dor da contestação. Porque os compromissos estão para os interesses como as consequências estão para as causas.

Caminho recomendado: em vez do desvio das dificuldades e adversidades óbvias, que qualquer um sabe dizer onde estão, seguir directamente contra tais obstáculos.

Nem sempre se pode ter razão. Os erros são uma fatalidade. Mas em política deve sempre saber-se o que se quer e só querer o que se sabe ou pode fazer. As hesitações ou inflexões não são sinal de ponderação mas quase sempre da sua falta.

Também na política não há nada mais difícil do que a simplicidade.
E que outra razão melhor existe para fazer política do que empreender essa formidável demanda de converter o ideal em real e a pedra em pão, tornando cada dia menos insuportável?
Eis o mais ambicioso dos programas: cada dia, uma acção útil para todos - todos os dias.

Porque é nos princípios que residem os fins últimos da Política.

E que viva o PSD!

Por Portugal!

domingo, 14 de março de 2010

Política - Pedro Passos Coelho lamentou parte final do Congresso - RTP Noticias, Vídeo

Política - Pedro Passos Coelho lamentou parte final do Congresso - RTP Noticias, Vídeo

Eu concordo

"Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até à morte vosso direito de dizê-lo."

Esta frase célebre, atribuída a Voltaire, parece ter sido esquecida no PSD. Os sociais-democratas parecem ter esquecido que não é pela via normativa e pela força da sanção que a unidade se fabrica. Não é pela via do medo que a disciplina se instaura. A unidade e a disciplina decorrem de uma opção individual, um acto de liberdade. O PSD hoje escreveu uma página na sua história que não o engrandece, muito pelo contrário.

Paulo Gorjão

sábado, 13 de março de 2010

Hino do PSD

sexta-feira, 12 de março de 2010

XXXII Congresso do Partido Social Democrata

Os trabalhos do XXXII Congresso do Partido Social Democrata podem ser acompanhados em directo no site www.psd.pt

Pedro Passos Coelho

La Donna E Mobile

quinta-feira, 11 de março de 2010

XXXII Congresso Nacional do PSD


O XXXII Congresso Nacional do Partido Social Democrata reúne em Mafra, no Pavilhão Desportivo Municipal Engenheiro Ministro dos Santos, em sessão extraordinária, nos dias 13 e 14 de Março de 2010, com a seguinte ordem de trabalhos:

1- Análise da evolução da situação política nacional
2- Debate e votação de propostas de alteração aos Estatutos do Partido Social Democrata

Organização dos Trabalhos:

Sábado, 13 de Março de 2010
10h00 – Recepção e credenciação
12h30 – Início do Congresso
Continuação dos trabalhos conforme deliberação da Mesa

Domingo, 14 de Março de 2010
10h00 – Reinício dos trabalhos
12h30 – Votação das propostas de alteração dos Estatutos
13h30 – Encerramento do Congresso

quarta-feira, 10 de março de 2010

"Portugal está a abdicar da exigência democrática"

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1515480

"reduzir" e "redistribuir" são sinónimos?


José Sócrates continua a afirmar que não irá aumentar a carga fiscal. Assevera mesmo que “a redução de benefícios fiscais constava do programa do Governo”. Não é verdade porque o que constava do programa eleitoral do Partido Socialista era a promessa de “redistribuir as deduções e benefícios fiscais em sede de IRS em favor das classes médias”.

Será que para o Primeiro-Ministro “reduzir” e “redistribuir” são sinónimos?

Pedro Passos Coelho e o aumento da carga fiscal

terça-feira, 9 de março de 2010

A Secretária

segunda-feira, 8 de março de 2010

Loreena McKennitt - The Bonny Swans

Pedro Passos Coelho. Sim ou não? E porquê?


Há uns dias atrás fui convidado a integrar o grupo dos Directores de Campanha de Pedro Passos Coelho às eleições para a Presidência do Partido Social Democrata (PSD).

Não senti necessidade de reflectir muito sobre o desafio e aceitei-o.

É pois, já investido nas funções de Director de Campanha que escrevo o presente texto. Faço-o com o objectivo de colaborar na reflexão que todos nós, militantes do PSD, devemos fazer antes de exercer o voto que irá escolher o nosso próximo Presidente e com elevado grau de probabilidade o próximo Chefe do Governo de Portugal.

Costumo defender que a opção por um candidato, seja em que eleição for, é uma escolha condicionada desde logo pelo leque de opções que nos são apresentadas. No presente caso não sinto este condicionalismo. Sejam quais forem os candidatos que se apresentem no próximo dia 26 de Março 2010 às eleições para a Presidência do PSD, a minha escolha será sempre Pedro Passos Coelho.

Porquê?

Entendo que o nosso partido se tem vindo a desviar progressivamente daquele que é – em minha opinião – o trilho certo e a razão da sua existência no mapa ideológico da política portuguesa.

O sucesso da social democracia a partir do anos 50 do século XX deveu-se, em grande medida, à capacidade de conciliar e integrar os valores liberais fundamentais com um regime económico que rejeita liminarmente o capitalismo liberal, hoje em dia apelidado de “capitalismo selvagem”. Uma social democracia assim, privilegia as liberdades individuais, a justiça social, a justa distribuição do rendimento e o envolvimento de todas as classes nas decisões que condicionam o colectivo.

Se no passado, em alguns países do Norte da Europa, o bem sucedido casamento entre a social democracia e o liberalismo contou com forte apoio entre os operários da indústria, dos agricultores, dos comerciantes, dos pescadores e de muitos outros trabalhadores, não existe razão alguma para não nos voltarmos a posicionar nos carris da social democracia defendida por Sá Carneiro.

Exactamente porque o PSD tem vindo a perder algumas das âncoras que no passado o tornaram, aos olhos da população portuguesa, uma referência sólida enquanto alternativa de governo é que há necessidade de voltar a mobilizar a sua inteligência colectiva em torno de um projecto com bases ideológicas e sociológicas fortes e reconhecíveis. O nosso partido tem que revitalizar as suas ligações à sociedade civil, enquanto principal base da sua implementação, tem que voltar a ser um partido forte, combativo, mobilizador e reformador.

É tradição da sociedade portuguesa motivar-se quando conta com a referência de um líder forte, frontal e decidido. Daí a importância da escolha que seremos chamados a fazer no próximo dia 26 de Março e que obriga a um imenso discernimento e a um maduro juízo sobre quem, na actualidade, se encontra melhor preparado para assumir a liderança do partido e do país. Não tenhamos dúvidas que os portugueses só olharão para o nosso partido como alternativa válida se à sua frente houver um novo líder que traga esperança e que se proponha mudar o actual modelo de desenvolvimento de forma a convergirmos com o progresso dos restantes países da Europa.

Pedro Passos Coelho apresenta-se às próximas eleições como um homem tranquilo, bem preparado, sem receio de mudar a mentalidade e as práticas do passado ou mesmo, de as reconduzir se consideradas positivas. Não é mudar por mudar. É mudar com inteligência, é mudar com coragem, é mudar com mudanças planeadas e ponderadas, é mudar sem o lastro de estar comprometido com o passado da governação, é mudar – sobretudo – com o necessário equilíbrio que se impõe sempre, mas mais em particular num momento tão delicado da vida do PSD e de Portugal.

Pedro Passos Coelho, aos 46 anos de idade, possui experiência de vida, política e empresarial. A sua actividade ao longo dos anos confirma que, enquanto dirigente ou mesmo não o sendo, nunca o impediram de ser um Homem frontal e de convicções que não teve receio de discordar, com lealdade, do rumo que a Direcção do partido seguia.

Pedro Passos Coelho encarna a mudança que o Partido Social Democrata precisa e que há-de conduzir Portugal a um novo e ambicioso patamar de desenvolvimento social e económico.

Vamos Mudar!

domingo, 7 de março de 2010

Alegrias do Judo português II

O judo português continuou a obter bons resultados no passado dia 27 de Fevereiro.
Na Taça do Mundo de Varsóvia, Joana Ramos conquistou a sua terceira medalha consecutiva na categoria de -52kg, ao conquistar o bronze, encontrando-se agora entre as 10 melhores judocas do Mundo.
André Alves, na categoria de -73kg, conseguiu também a medalha de bronze na Taça do Mundo de Praga.

http://www.record.xl.pt/noticia.aspx?id=9a943ff8-29e6-41b3-87f9-cc28e9bec67d&idCanal=00000107-0000-0000-0000-000000000107

Pedro Passos Coelho ao Correio da Manhã e Rádio Clube

La Traviata

sábado, 6 de março de 2010

Antena 1 - Entrevista a Pedro Passos Coelho

Antena 1 - Entrevista a Pedro Passos Coelho

sexta-feira, 5 de março de 2010

Actos de coragem!

Na politica como na vida nao devemos nunca ter receio de nos insurgirmos contra atitudes que nao se coadunam com aquilo em que acreditamos.
Na politica como na vida lutar pelos nossos ideais deve estar sempre presente.
Por isso deixo aqui neste espaco uma palavra de apreco e consideracao a quem nunca desiste nem hipoteca os seus principios.

Ainda o debate entre Aguiar-Branco e Paulo Rangel

Não podia estar mais de acordo com o que Pedro Correia aqui escreveu.

Debate entre Aguiar-Branco e Paulo Rangel

Entrevista Pedro Passos Coelho - 5


Continuação da entrevista de Pedro Passos Coelho ao Diário de Notícias e à TSF

É favorável a uma alteração dos estatutos que permita directas em duas voltas?

Há dois anos pronunciei-me publicamente de modo a sugerir que se previsse um mecanismo de segunda volta, para que a eleição do líder do PSD não fosse contestada pela percentagem que viesse a ser registada na eleição. Ninguém concordou.

Mantém o que defendia?

Sou coerente e mantenho a minha perspectiva. Não questionei a legitimidade da dr.ª Manuela Ferreira Leite pelo facto de ela só ter ganho com 37%...

Mas acha que poderia ter ganho se houvesse segunda volta no PSD, há dois anos?

Julgo que sim, mas não me tenho como predestinado e, portanto, não me tenho na conta de que, se as coisas tivessem sido sempre de outra maneira que não foram, ter-me-iam sido favoráveis.

O líder ficará sempre mais legitimado com essa segunda volta?

Julgo que sim. Não estou a dizer que alguém que não ganhe com 50% dos votos não esteja legitimado, eu não pus em questão a legitimidade da Dr.ª Manuela Ferreira Leite apesar de ela ter tido 37%.

Mas moveu-lhe uma grande marcação política durante dois anos.

É uma acusação que não faz sentido, porque se confunde muito a coesão dos partidos e a lealdade com que devemos estar nos partidos com a obediência e com o silêncio. E eu não defendo um partido de silêncio nem de apoios formais que sejam artificiais. A Dr.ª Manuela Ferreira Leite, para aquilo que foi essencial do partido, contou sempre com o meu apoio. Quando escolheu o Dr. Paulo Rangel para cabeça de lista ao Parlamento Europeu, nas eleições europeias, não houve um voto contra no Conselho Nacional. Nos momentos essenciais, nunca faltou à dr.ª Manuela Ferreira Leite o apoio político necessário para que alguém viesse dizer "há aqui um obstáculo àquilo que está a ser feito". Há aqui uma coisa que eu não tolero num partido democrático e que se eu for presidente do PSD nunca farei, que é apresentar um programa eleitoral do PSD sem ouvir democraticamente os órgãos que estão constituídos.

Acredita que Santana Lopes ainda espera por uma oportunidade?

Não tenho crenças sobre isso, não faço ideia. O Dr. Santana Lopes foi presidente do PSD, foi Primeiro-Ministro, foi um dos autores - senão o principal - desta ideia de que deveria haver um congresso extraordinário para debater ideias e para se debater as directas, para se debater outras matérias relativas ao interior do PSD, tem a sua capacidade eleitoral activa, não sei o que é que ele tenciona fazer.

O congresso pode ser importante para definir quem vai ser o líder?

O próximo líder do PSD vai ser escolhido pelos militantes. O congresso vai ocorrer numa altura em que aqueles que são candidatos à liderança estão praticamente em campanha eleitoral e, portanto, será um fórum em que os candidatos podem dizer o que pensam.

Se for eleito do PSD, contará com os seus dois adversários desta campanha para o futuro do partido?

Não farei a ninguém no PSD o que me fizeram a mim no passado. Por essa mesma razão, e porque não guardo ressentimentos nem tenho pedras no sapato, nem quero ajustar contas com ninguém, já disse: eleito presidente do PSD, os primeiros que chamarei para a primeira linha da intervenção política e partidária serão os que tiveram a coragem de se apresentar com um projecto à liderança.

A Dr.ª Manuela Ferreira Leite, consigo, poderá ser deputada?

Com certeza! A Dr.ª Manuela Ferreira Leite é uma pessoa que não só tem um passado no PSD como teve votos dentro do PSD. Não vejo o PSD como um grupo de amigos nem como um grupo de apoiantes. Ser presidente do PSD não é ser dono do PSD, da mesma maneira que ser primeiro-ministro do País não é ser dono do País.

Acha que foi assim que se comportou Manuela Ferreira Leite em relação a si nas últimas eleições legislativas?

Penso que o PSD deu uma imagem negativa ao País. O PSD deu a imagem, para o seu interior, que o Eng. José Sócrates deu para o exterior do País. E isso retirou credibilidade à mudança que o PSD podia ter trazido.

Pacheco Pereira é um dos seus maiores críticos. Também há lugar para ele nessa estratégia?

Não sou uma pessoa que cultive ódios políticos no PSD. Seja o Dr. Pacheco Pereira, pode agora desfiar uma lista de nomes, a começar naqueles que de forma pública mais têm insistido na necessidade de eu não ser eleito presidente do PSD. Se há razão patente para termos estado tantos meses à espera da marcação das eleições, foi uma forma de ver se alguém se candidatava contra mim.

Acha que pode ser prejudicado por ter criticado a Lei das Finanças Regionais e ter entrado em confronto com João Jardim?

Talvez, eu não entrei em confronto com o Dr. João Jardim.

Ele consigo, vai dar ao mesmo.

Ele criticou-me pelo facto de eu ter expressado uma opinião sobre a decisão do Parlamento alterar a Lei das Finanças Regionais, está no seu direito.

Ele começou a fazer campanha contra si na Madeira.

Parece-me um bocadinho abusivo que o Dr. Jardim se sinta sempre na posição de falar em nome de todos os madeirenses e de todos os militantes do PSD. E como eu acredito, ao contrário de muitos dos seus detractores, que na Madeira as pessoas decidem pela sua cabeça, julgo que é melhor esperar pelas eleições.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Dá que pensar, não dá?

Tantas vezes foi o nome de Pedro Passos Coelho referido no debate que agora terminou na Sic Notícias, entre Aguiar Branco e Paulo Rangel, que alguém menos atento pensaria estarem presentes os três candidatos à Presidência do PSD.

Dá que pensar, não dá?

Limpar Portugal

Inspirados num projecto que limpou as florestas da Estónia em 2008, um grupo de amigos decidiu iniciar um movimento cívico para limpar Portugal. O projecto conta já com milhares de voluntários que no próximo dia 20 de Março se preparam para integrar as equipas, distribuídas por concelhos e freguesias, que irão limpar as lixeiras referenciadas pelo país fora.
Ainda vai a tempo de participar, identificando as lixeiras da sua freguesia ou integrando este movimento.
Mais informações em http://www.limparportugal.org/.

Entrevista Pedro Passos Coelho - 4


Continuação da entrevista de Pedro Passos Coelho ao Diário de Notícias e à TSF

E de que sectores é que acha que o Estado não deve sair?

Não vejo nesta altura nenhum problema em que o Estado possa sair da área das chamadas “utilities”, portanto, da água, da energia, não vejo nenhum problema nisso. Não quer dizer que o Estado não deva fixar regras para essa área e que, em alguns casos, sendo accionista, não possa concessionar a gestão desses equipamentos a privados. Há várias modalidades e esta ideia de poder recorrer à gestão privada para equipamentos públicos não é assim tão irrelevante.

Está a ser testado na saúde.

Foi testado unicamente na saúde, e o PS acabou com essa experiência. Foi no “Amadora-Sintra”. Fazia falta que o Governo pudesse seleccionar um conjunto de equipamentos na área da saúde que viesse a concessionar a respectiva gestão a privados, de modo a criar dois termos de comparação entre a gestão pública de equipamentos públicos com a gestão privada de equipamentos públicos. Tenho a certeza de que aquilo que o Tribunal de Contas vem dizendo, que há um desperdício entre 25 e 30% na área da saúde, tenderia a ser evitado. Se me pergunta se alguns destes instrumentos foram bem utilizados, penso que não. Mas isso não quer dizer que seja um erro do instrumento que foi utilizado. Há parcerias público-privadas em que o Estado assegura toda a cobertura dos riscos e em que transfere para os contribuintes todo o risco que está associado ao negócio, e deixa aos privados aquilo a que se chama o “filet mignon”. Isso é errado. Não posso concordar que o Estado faça contratos com privados em que são os contribuintes que cobrem os riscos todos, suportam todo o custo, e deixamos os lucros apenas para os privados. Esta não é uma boa forma de fazer gestão pública, mas é infelizmente a que tem vindo a ser seguida.

Foi o primeiro candidato a assumir-se, e cedo se percebeu que muitos dos chamados notáveis do PSD estavam a tentar encontrar outros candidatos. Neste momento há três candidatos, acha que é o candidato do PSD mais rural, mais popular, contra o PSD das elites?

O PSD precisa de mudar, para poder ajudar a mudar o País. Aquilo que eu penso é que o PSD tem hoje uma oportunidade de fazer uma escolha entre candidatos que se apresentam na continuidade do que tem vindo a ser a estratégia seguida pelo PSD, e que foi uma estratégia que conduziu à derrota eleitoral, e uma candidatura que está limpa dessa responsabilidade, isenta dessa responsabilidade, e que representa um virar de página, uma renovação e um caminho novo para o PSD. Quer o Dr. Aguiar Branco quer o Dr. Paulo Rangel são candidaturas que emergem em primeiro lugar do âmbito da direcção política actual do PSD, o Dr. Aguiar Branco é Vice- Presidente do PSD e da Dr.ª Manuela Ferreira Leite, o Dr. Paulo Rangel foi praticamente benzido como o herdeiro desejado pela Dr.ª Manuela Ferreira Leite.

São duas faces da mesma moeda?

Não sei se são duas faces da mesma moeda, mas são duas candidaturas que representam o “statu quo” do PSD, um “statu quo” que saiu derrotado e que é responsável por hoje termos também um Governo do PS ainda a governar o País. O PSD tem uma oportunidade de fazer uma coisa diferente no País, que é acabar com a perspectiva do discurso sombrio, do derrotismo nacional, de que estamos sem possibilidades de escolha, de que, venha quem vier, a política terá de determinar não direi um inferno, mas uma desesperança enorme para as pessoas, como se as dificuldades que enfrentamos não tivessem de ser vencidas porque há pessoas e porque queremos com um espírito positivo e alguma esperança melhorar a situação em que estamos.

É desta vez que o PSD vai deixar de ser um partido rachado a meio entre duas sensibilidades que vão alternando na liderança?

O pior que pode acontecer ao PSD é a paz podre, é as pessoas no PSD não saberem o que defendem e qual é o caminho que querem trilhar. Não é possível unir o PSD sem primeiro saber o que é que as pessoas pensam e querem, mas uma vez tomada essa decisão, uma vez confrontados os candidatos com as suas ideias e avaliado quem é que melhor pode alargar o espaço eleitoral do PSD para poder oferecer ao País uma fórmula de governo que seja durável, aí sim, aí é preciso fazer alguma coisa pela unidade do PSD. Dos candidatos que se apresentaram a esta eleição, e fui o primeiro a fazê-lo, não me candidatei contra ninguém…

Ainda faltará algum candidato?

Não faço ideia, o prazo ainda não terminou para a apresentação de candidaturas, não posso falar pelos outros.

(continua)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Debate entre Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel

Entrevista Pedro Passos Coelho - 3


Continuação da entrevista de Pedro Passos Coelho ao Diário de Notícias e à TSF

Se um dia vier a ser primeiro-ministro, terminará com a “golden share” que o Estado tem na PT? Ponto dois: se, numa legislatura, se pode comprometer a tirar o Estado da comunicação social, com uma agência noticiosa, duas televisões, um grupo de rádios?

A intenção de alienar a “golden share” devia ser declarada já e até por este Governo, não devíamos esperar mais tempo. Mas se tiver de esperar, se o PS não tomar esta decisão, acho que deve ser das primeiras decisões de um futuro Governo. Não podemos alienar uma posição, uma participação do Estado em qualquer circunstância e de qualquer maneira, mas essa intenção declarada deve ser rapidamente assumida e, nas circunstâncias que o mercado tolere em muito pouco tempo, ela deve ser alienada. Quanto à questão da comunicação social, o Estado lançou uma nova licença para um novo operador de televisão; não faz sentido manter essa regra quando o Estado tem hoje uma empresa, tem um canal de televisão, como é o caso da RTP1, que tem custado ao erário público mais do que aquilo que é razoável. Só em 2009, a RTP consumiu, entre a taxa de serviço público e aquilo que são indemnizações, transferências que o Estado faz para a televisão, qualquer coisa como 400 milhões de euros.

Serviço de televisão e rádio?

Esse serviço de televisão e rádio. Imagine o que representa este peso financeiro em dez anos, estamos a falar de quatro mil milhões de euros!

Mas isso é uma visão economicista. Como é que o Estado assegura o serviço público?

Peço desculpa, mas não é. As pessoas às vezes dizem que é uma visão economicista, quando se trata apenas de poupar dinheiro, ora, não é só uma questão de poupar dinheiro, é uma questão de justiça! Portugal hoje, por via da grande crise económica em que está envolvido, está numa situação de pré-ruptura social. E precisa de ter a garantia de que os recursos de que dispõe possam estar canalizados para apoiar os mais desprotegidos. Como é que o Estado pode dizer, por exemplo, que gasta 400 milhões de euros com esse serviço público quando não tem o equivalente a meio por cento do IVA para poder destinar àqueles que mais precisam e que estão mais desprotegidos? É uma questão de justiça!

Mas é preciso garantir serviço público no sistema de rádio e na TV.

Um serviço público que deva ser garantido pelo Estado, e deve, não custa este valor se for contratualizado com os operadores privados.

E deve ser feito com os privados, com as rádios privados e televisões privadas que existem?

Com certeza!

Mas a RTP não tem apenas dois canais, tem a RTP Internacional, tem a RTP África, como é que acautela a presença portuguesa no mundo?

Há com certeza, quer ao nível da RTP África, quer sobretudo ao nível da RTP Internacional, do serviço que está associado a esse canal, um bem público que deve ser protegido e que deve estar contratualizado. Não vejo nenhum problema em que os conteúdos que devam ser carregados para esse serviço público, e nomeadamente para a imagem externa do País, não possam ser fornecidos pelos actuais operadores.

É visto como um liberal, até que ponto será ambicioso o programa de privatizações que apresentará um dia se for Primeiro-Ministro? O que é que se manterá no Estado?

As pessoas às vezes tendem a exagerar nas palavras. Ainda agora estavam a dizer que, defendendo eu um programa de privatizações, sou no essencial um liberal.

É visto como um liberal.

As privatizações em Portugal foram iniciadas durante o tempo do Prof. Cavaco Silva. Mas quem mais privatizou em Portugal foi o PS, primeiro com o Eng. Guterres e depois com o Eng. José Sócrates. E não consta que corram o risco de ser perigosos liberais.

Só se disse que é visto como liberal, não como um perigoso liberal.

O que venho defendendo de há muito tempo a esta parte é que o Estado deve deixar de ser empresário na área económica. Não tem de alienar tudo de um dia para o outro e de qualquer maneira, mas deve ter a orientação e deve ter um programa a prosseguir de retirar tão rápido quando possível da esfera estritamente económica. Uma coisa é aquilo a que nós chamamos a economia social, os bens sociais, a quem compete também uma responsabilidade grande ao Estado, outra coisa é a parte económica. Nós precisamos de ter um Estado que seja não promíscuo com a área privada, que possa fixar as regras e que possa depois verificar, através de mecanismos de regulação, que essas regras são cumpridas. Que não há empresas mais amigas do Estado do que outras e que o Estado não falseia as regras do mercado utilizando empresas próprias de que é accionista para concorrer com as privadas.

(continua)

terça-feira, 2 de março de 2010

Fernando Ruas volta a ser mandatário de Pedro Passos Coelho


O autarca social democrata e presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Fernando Ruas, volta a ser o mandatário nacional da candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD.

Frente-a-frente

Hoje às 22 horas na SIC Notícias, frente-a-frente com Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel

Entrevista Pedro Passos Coelho - 2

Continuação da entrevista de Pedro Passos Coelho ao Diário de Notícias e à TSF

Estará absolutamente contra qualquer hipótese de um Governo de iniciativa presidencial, que estabeleça um Governo de bloco central ainda que transitório?

Julgo que é mais do que chover no molhado, é absolutamente aventureiro num ano como aquele que estamos a atravessar, de grave crise económica, encontrar fórmulas de Governo que não são viáveis e que não são sustentáveis.

Mas pode acontecer que depois de umas eleições antecipadas, com uma vitória do PS ou do PSD, se volte ao mesmo, ou seja, ter um Parlamento que está tão dividido que só a junção destes dois partidos permite um Governo maioritário.

Julgo que não posso ser mais claro: eu acho que só pode haver, num ano tão difícil como este que enfrentamos, um novo Governo e um novo Primeiro-Ministro depois de ouvido o País, depois de eleições. Tenho muita confiança que o País não vai voltar a escolher como escolheu nas eleições de Setembro passado se tiver uma verdadeira alternativa para o Governo. E se hoje nós temos o Partido Socialista a governar, se temos o Primeiro-Ministro José Sócrates à frente do Governo, isso deveu-se ao facto de o PSD não ter estado ao nível das suas responsabilidades e de não ter oferecido ao País a alternativa de Governo que o País merecia.

Há liberdade de expressão por cá?

Se há coisa que há em Portugal é liberdade de expressão, não creio que ninguém tenha dúvidas sobre a liberdade de cada um se exprimir. Do que há dúvidas e suspeição é que não possa existir manipulação naquilo que é a comunicação social.

Manipulação em que sentido?

Manipulação no sentido em que há suspeita de que o Governo possa ter interferido em negócios que visavam a aquisição de grupos de comunicação social, no sentido de ter uma informação que pudesse ser mais próxima ou mais amiga do Governo, esta é a suspeição que existe. E não existe por acaso, o actual primeiro-ministro tem tido ao longo dos anos uma relação difícil com a comunicação social e não é invulgar aparecerem, de resto, agentes, pessoas ligadas à comunicação social que dizem que sofrem pressões, ou que o Primeiro-Ministro ele próprio pega no telefone e liga falando com os jornalistas no sentido de condicionar a opinião que é expressa nos órgãos de comunicação social.

Tem visto utilidade nas inquirições da Comissão de Ética?

A Comissão de Ética está muito perto de ter cumprido o seu papel. Aquilo que preocupa, que deve preocupar o País, é a necessidade de ter quer o Parlamento quer o Governo muito focados no ataque à crise económica. O prolongar de uma situação que visa investigar e pôr de lado estas suspeições sobre o envolvimento do Governo na comunicação social, ou de outras forças políticas, é necessário porque, se não tivermos um Governo com credibilidade, instituições políticas com credibilidade, eles também não podem desempenhar um papel suficientemente importante na resolução da crise. Mas não podemos é ter as duas coisas ao mesmo tempo, não podemos eternizar audições que visam suprimir uma suspeição que nunca mais sai da frente da vista e não ter também um Governo com credibilidade suficiente e um Parlamento suficientemente activo para garantir que o País está a fazer tudo o que pode para sair da crise. A Comissão de Ética devia rapidamente dar por concluído o seu trabalho.

O PSD vai defender a criação de uma comissão de inquérito. Está de acordo? Com que âmbito?

Já o defendi também, acho que deve haver uma comissão de inquérito com a missão específica de investigar o que se passou com o negócio falhado, tentativa de compra da TVI por parte da PT. É isto que merece ser investigado.

Está convencido de que o Governo teve intervenção neste negócio?

Não estou convencido disso, mas há suspeita suficiente sobre essa matéria, e o País não pode viver com essa dúvida. Mas é preciso fazer mais do que isso, já o tenho defendido: a comissão de inquérito deve avaliar exactamente quem é que sabia deste negócio, quem é que interferiu com este negócio e não o devia ter feito, se é que isso aconteceu, mas devemos também tirar ilações para o futuro. E por isso venho defendendo que o Estado, através do Governo, não demore muito tempo a declarar a intenção de alienar a “golden share” que tem na PT e criar condições para acabar com o Estado empresário da comunicação social.

A credibilidade do primeiro-ministro tem sido posta em causa e a suspeição mantém-se. Não se justifica que a oposição no todo, ou um partido em particular, apresente uma moção de censura?

A credibilidade do primeiro-ministro está muito abalada, mesmo o facto de termos tido eleições há cinco meses não faz esquecer que o Partido Socialista, apesar de ter ganho, sofreu uma quebra eleitoral muito significativa. Hoje, apesar de não se poder fazer nenhum Governo viável no actual Parlamento sem o Partido Socialista, o Partido Socialista tem dificuldades - e elas estão à vista - em governar de forma isolada. Estamos a atravessar uma situação em que se espera que o Governo governe, e o Governo tem tido dificuldade em fazê-lo, em grande parte, penso eu, por confiar demasiado em que daqui a um ano, ou daqui a dois, se a economia recuperar por uma espécie de milagre, o País possa ser poupado, e o Partido Socialista também, ao desgaste de tomar medidas difíceis. Nós hoje enfrentamos um custo de financiamento externo para a nossa economia muito maior porque o Governo apresentou uma proposta de orçamento no Parlamento que é pífia, que não tem força, que não tem credibilidade externa. O que eu tenho dito a esse respeito é, das duas, uma: ou o Governo assume as suas responsabilidades, apresenta um Orçamento credível, e este não é um Orçamento credível, e não é o PEC que vai tornar este Orçamento credível…

(continua)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Pedro Passos Coelho à RTP Açores

Entrevista Pedro Passos Coelho - 1


O candidato à Presidência do Partido Social Democrata, Dr. Pedro Passos Coelho, concedeu uma extensa entrevista ao Diário de Notícias e à TSf.

Porque entendo ser um excelente documento sobre o perfil e o pensar de Pedro Passos Coelho publico, a partir de hoje e até à próxima Sexta-feira, o texto completo.


Se já fosse líder do PSD, teria viabilizado, em nome do combate à crise, este Orçamento?

Este Orçamento como está não serve ao País.

Mas a minha pergunta é muito directa: teria viabilizado, ou o PSD chumbaria este Orçamento?

Eu tive ocasião de dizer que, se fosse líder do PSD quando se iniciou esta discussão, teria dito que não aceitava viabilizar este Orçamento sem duas condições. Primeira: sem que o Governo aceitasse suspender todas as decisões que tinha tomado quanto a grandes obras públicas até elas poderem ser reavaliadas, porque são encargos que não se reflectem neste Orçamento mas que se vão reflectir nos 30 orçamentos dos 30 anos subsequentes a este e, em segundo lugar, sem haver um compromisso claro da parte do Governo de ter um Orçamento de combate à crise, que é como quem diz, de diminuição séria da despesa pública, mas já no ano de 2010!

Votaria contra, portanto?

Em consciência votaria contra, porque eu não posso, em nome de uma qualquer estabilidade, de uma paz podre para o País, viabilizar um Orçamento que sei que é um mau Orçamento. Essa, de resto, é a posição em que o PSD está hoje, ninguém percebe a posição do PSD, eu não percebo a posição do PSD. A Dr.ª Manuela Ferreira Leite disse-o publicamente, que viabilizaria este Orçamento do Estado não porque concordasse com ele mas porque do ponto de vista externo seria muito mau que o País não tivesse um Orçamento aprovado.

E não tem razão nisso?

Não, por esta razão: porque a Dr.ª Manuela Ferreira Leite veio agora dizer que este Orçamento não serve ao País e que coloca Portugal no estado da Grécia, que era aquilo que queríamos evitar! Das duas, uma: ou estamos a ficar como a Grécia - no pensamento da Dr.ª Manuela Ferreira Leite -, e ela tem obrigação moral e política de chumbar este Orçamento, e presta um serviço ao País mudando o Governo e o Orçamento, porque é isso que nos interessa, nós não podemos ter uma visão burocrática da política!

Tem ideia de que umas eleições a curto prazo seriam úteis para o País?

Umas eleições a curto prazo podem ser inevitáveis se o Governo não assumir as suas responsabilidades.

Estamos a falar de Maio, Junho, porque é a janela de oportunidade que vai haver.

Se o Governo assumir as suas responsabilidades, eu julgo que deve ficar claro que ninguém no País - e muito menos eu - quer abrir uma crise política. Mas o Governo tem de assumir responsabilidades, não pode vir dizer "agora precisamos muito do apoio do PSD para apresentar um Programa de Estabilidade e Crescimento em Bruxelas que seja credível", que é como quem diz, que tenha medidas muito difíceis mas só as tomamos em 2011 e 2012! Porque é que não começa já?!

O PEC vai ser apresentado dentro de dias, as eleições do PSD vão ser depois. Qual será a posição do presidente do PSD, se for o seu caso?

A minha posição é muito clara: se o Governo quer o apoio do PSD para implementar um Programa de Estabilidade e Crescimento, com medidas difíceis de combate à crise, tem de assumi-las já em 2010 no Orçamento do Estado.

Mas qual PSD? Neste momento há um PSD que vai deixar de lá estar, daqui a um mês.

O PSD tem eleições, como é patente, não sei o que os outros candidatos à liderança do PSD têm expressado nesta matéria, ainda não os ouvi falar sobre esta matéria. Mas atrevo-me a dizer que não será por causa do PSD que o Governo terá falta de apoio para apresentar um Programa de Estabilidade e Crescimento que esteja ao nível das responsabilidades que hoje o País enfrenta. Não será, seguramente, por causa do PSD!

Da sua parte, estará pronto para disputar eleições num curto prazo, em Maio, Junho?

Se o Governo não governar o País e não apresentar, ainda nesta oportunidade, um Orçamento diferente que sirva aos interesses do País, eu acho que é preferível que nós possamos devolver a palavra aos portugueses para a escolha de um outro Governo. Mas também digo que só faz sentido ter um outro Governo e um outro Primeiro-Ministro depois de haver eleições.

(continua)

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