sábado, 8 de maio de 2010

Desabafos...

Cada vez mais, tempero a alta rotação dos meus dias com momentos de calma e tranquilidade já bem depois do sol se pôr.
Cada vez mais aproveito os silêncios para reflectir sobre tudo o que me rodeia.

E quanto mais o faço mais falta sinto de o fazer!
É como se retemperasse forças pelo simples facto de estar comigo. É como se a intensidade dos dias passasse para um outro mundo que não aquele em que me encontro.
Não é como se, mesmo acompanhado, com barulho e com movimento entrasse num estado zen em que a minha mente se abstrai de tudo o que me rodeia. É mais como se conseguisse processar o que está à minha volta e ao mesmo tempo entrar por uma porta para a qual apenas eu tenho a chave.
Quanto mais isso acontece mais me apercebo de que são os momentos de pausa da vida que nos dão a estabilidade que necessitamos para fazer face ao ritmo louco do dia-a-dia.
Quanto mais descubro que parar não é morrer mais me convenço de que adoro esses pontos altos dos meus dias.
Quanto mais encontro esses minutos, essas horas, mais me encontro a mim mesmo.
Como se esses minutos me tivessem dados sem que alguma vez os tivesse pedido.
Como se alguém desligasse todos os telemóveis do mundo e me dissesse baixinho:
" Agora pára um pouco... ninguém te vai interromper! És apenas tu ".
Nessa altura ponho uma música a tocar na minha cabeça... depois outra...e outra...e tantas quanto as unidades temporais que passam por mim a correr.
Parker, Marsallis, Woods, Sinatra, Bennett, Sara, Coldplay, Adriana, Teresa... juntos como se tocassem todos no mesmo dia de um qualquer festival de Verão e eu como espectador.
Sabe bem poder aproveitar estes momentos!


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