Pedro Passos Coelho: impedir informação "é a pior maneira de tratar politicamente esta questão"
O candidato à liderança do PSD Pedro Passos Coelho considerou hoje que impedir a divulgação de informação sobre a alegada interferência do Governo na comunicação social "é a pior maneira de resolver politicamente esta questão".
Pedro Passos Coelho comentou desta forma, em declarações à agência Lusa, a existência de uma providência cautelar para impedir a publicação pelo semanário Sol de mais notícias com escutas do processo Face Oculta.
O candidato à liderança do PSD ressalvou que não discute "as questões de legalidade" nem "se quem interpôs o recurso tem direito a ele ou não".
A sua posição "não tem que ver com a questão de legalidade, mas com a questão política que está subjacente a esta iniciativa", disse.
"Há hoje uma suspeição sobre a forma como o Governo tem lidado com a comunicação social e como pode ter utilizado meios públicos, designadamente empresas públicas, para interferir nos órgãos de comunicação social e a pior maneira de esclarecer esta questão e de afastar essa suspeição é a de impedir a divulgação de informação que exista sobre esta matéria", considerou.
"A pior maneira de resolver esta questão é evitar que a informação sobre esta matéria venha a público. Esta é a pior maneira de tratar politicamente esta situação", acrescentou.
Uma providência cautelar contra o Sol foi interposta por Rui Pedro Soares, administrador executivo da PT, visando a não publicação de mais notícias sobre escutas que o envolvem, no âmbito do processo Face Oculta, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Na sexta feira passada, o semanário transcreveu extractos do despacho do juiz de Aveiro responsável pelo caso Face Oculta em que este considera haver "indícios muito fortes da existência de um plano", envolvendo o primeiro ministro, José Sócrates, para controlar a estação de televisão TVI. Do despacho constam transcrições de escutas telefónicas envolvendo Armando Vara, então administrador do BCP, Paulo Penedos, assessor jurídico da PT, e Rui Pedro Soares.
No âmbito deste processo, que investiga alegados casos de corrupção e outros crimes económicos relacionados com empresas privadas e do sector empresarial do Estado, foram constituídos 18 arguidos.
Fonte: Lusa
1 comentários:
ora então vamos lá à análise da entrevista à tvi do pedro passos coelho e de caminho tocamos no jardim:
http://bit.ly/cw1osr
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