sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Pedro Passos Coelho defende comissão de inquérito à compra da TVI em nome da “higiene democrática”


O candidato à liderança do PSD Pedro Passos Coelho considerou "indispensável", em nome da "higiene democrática", a realização de uma comissão de inquérito parlamentar à tentativa de compra de parte da TVI pela PT.

Num almoço promovido pela Associação Comercial de Lisboa, o candidato social democrata criticou também, sem "estar a criticar uma personalidade ou outra", que "os partidos se envolvam em matérias que têm que ver com a compra ou venda de grupos privados da comunicação social".

"É uma questão de higiene democrática que em face de todas as suspeições que têm minado a credibilidade do Governo - que hoje é muito relevante para efeitos externos do país - que tenham um fim rápido e julgo que a forma mais rápida em face de todas estas suspeições e pôr um ponto final nesta matéria é fazer uma comissão de inquérito que possa justamente ter como único objecto de interesse pôr a claro o que se passou no eventual negócio que não chegou a ser concretizado da compra da TVI por parte da PT", disse.

Considerando "indispensável" a comissão de inquérito (já proposta pelo Bloco de Esquerda, mas ainda não viabilizada no Parlamento), Pedro Passos Coelho considerou que, a este propósito, o PSD "deve deixar clara a sua intenção de que os contornos desse negócio possam ser clarificados à vista de todos, quem quer que tenha estado envolvido no processo".

"O facto de estarmos a viver permanentemente na ideia de que pode haver aqui uma espécie de bloco central que vai das empresas privadas às empresas públicas, umas vezes mais desconfiado, outro mais amigo, não beneficia nem a transparência nem a clareza de propósitos em político", referiu.

Em nome do "quadro de confiança" necessário no país, Passos Coelho considerou também importante que o Governo "mostrasse que pretende que se apure toda a verdade do que se passou de modo a que fique bem a claro quais são as responsabilidades de cada um neste processo".

Passos Coelho criticou ainda o primeiro ministro por ter demorado "demasiado tempo" para "fazer uma declaração de princípio sem qualquer outra fundamentação", negando "o seu envolvimento" no caso do negócio PT-TVI.

"A verdade é que todos os dias vão-se tendo outras notícias ou pessoas que se demitem por causa de acções envolvendo essa operação, seja de notícias que revelam o envolvimento de diversas personalidades num negócio que devia ser privado e não público ou partidário", comentou.

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