sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Pedro Passos Coelho numa sóbria visão sobre a actualidade económica


Pedro Passos Coelho falou aos jornalistas antes da apresentação do seu livro, “Mudar”, em Faro, e, questionado pela agência Lusa sobre se as declarações de Manuela Ferreira Leite, criticadas por membros do Governo e do PS, tinham sido precipitadas, respondeu apenas: “Não quero comentar as declarações da senhora Dra. Manuela Ferreira Leite.”

“Acho que é mais importante, nesta altura, estarmos a falar para o país e explicar que a situação é delicada mas não devemos olhar para ela de uma forma sombria”, acrescentou o candidato a líder do maior partido da oposição.

Passos Coelho considerou que “Portugal precisa de mostrar, quer à Comissão Europeia quer aos mercados internacionais, que não está como a Grécia e, sobretudo, que vai muito a tempo de evitar qualquer situação parecida”.

“Claro que isso exige, do lado do Estado português, do lado do Governo, da Assembleia da República (AR), a tomada de medidas importantes que credibilizem quer o Pacto de Estabilidade e Crescimento quer o Orçamento do Estado. E isso eu penso que o Governo ainda vai a tempo de fazer”, defendeu.

Passos Coelho frisou que o país “precisa de ter não uma promessa de contenção da despesa pública e de redução do endividamento para os anos futuros”, mas de “começar a dar o exemplo já”.

“Creio que o Governo tem ainda muito tempo, na proposta de Orçamento que apresentou na AR, de fazer mais do que aquilo que fez, que é dizer que os funcionários públicos vão pagar a crise. Todos vamos ter de pagar esta situação, com equilíbrio e com justiça, mas não podemos fazer apenas depender do congelamento dos salários a redução do défice”, afirmou.

Para o candidato a líder do PSD, “o Governo, se quer credibilizar a posição portuguesa no exterior e se quer evitar qualquer confusão com o que se passa na Grécia, deve aproveitar o facto de o Orçamento ainda estar em discussão na especialidade no Parlamento para apresentar medidas que, já a partir deste ano, possam demonstrar a nossa capacidade de conter e reduzir a despesa e o endividamento para o futuro”.

“Julgo que temos todas as condições para não estar no caminho da Grécia. Portugal precisa de mostrar, em primeiro lugar, que consegue reduzir o défice de forma mais substantiva do que aquela que foi prometida pelo Governo através do Orçamento do Estado e precisa de mostrar a toda a sociedade portuguesa, a Bruxelas e aos mercados internacionais que vai lutar por um clima de confiança para o retorno do investimento e para o crescimento da economia”, acrescentou.

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