segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Voz do Norte

Aproxima-se a data do próximo Conselho Nacional do PSD e continuam a surgir, quase todos os dias, vozes dentro do partido a opinar sobre o passado, o presente e o futuro da estrutura.

Esta que vos deixo através de uma transcrição de um artigo do jornal Público vem do norte do país.

"O líder da distrital do PSD do Porto criticou, ontem à noite, a situação interna do partido, acusando esta força política de não ter “vontade de resolver a sua vida interna” para “ajudar a correr com este Governo”.

Marco António Costa, que falava durante o jantar de tomada de posse da nova comissão política do PSD de Vila do Conde (liderada por Miguel Paiva), prometeu ainda “lutar” contra quem - internamente - pretende o fim das eleições directas. “Dá jeito a alguns o esquema dos comissários políticos”, frisou Marco António Costa que prometeu, desde já, “não baixar os braços”, sobretudo numa altura em que o PSD “não está no rumo certo”.

Neste jantar, em que estiveram presentes cerca de 350 militantes, o dirigente social-democrata referiu ainda que não vai ficar calado “perante a incapacidade que o PSD tem demonstrado em dar resposta” aos problemas que se vivem no país, nomeadamente, ao nível da “injustiça social”. Perante estas criticas que lançou para dentro do seu partido, Marco António reconheceu que tem “levantado a voz para dizer coisas desagradáveis” e, por causa disso, “há muita gente em Lisboa” que não gosta dele.

Mas “os que em Lisboa não gostam de mim e acham que sou incómodo”, são os mesmos que, nos últimos actos eleitorais “estiveram nos campos de golfe e nos sofás a tratar da vida deles, enquanto eu andava por Portugal a tratar dos interesses do meu país e do meu distrito”. Aliás, continuou, “é bom que o PSD saiba que existem militantes que preferem que o partido perca eleições, para eles não perderem o controlo do partido”.

O líder da distrital traçou ainda um cenário negro da situação social e económica de Portugal e, também nesse contexto, se mostrou muito crítico em relação à actuação de alguns sociais-democratas. “Os portugueses assistem ao facto de Portugal estar a ser conduzido para o abismo e esperam que o PSD se apresente como uma alternativa sólida e credível”, mas, em vez disso, “andamos na discussão interna e a brincar aos congressos. E isto não é sério”, acentuou.

E para fundamentar estas suas críticas, lembrou que, e esta semana, caso o primeiro-ministro se tivesse mesmo demitido, “o PSD teria ficado desamparado e sem soluções para dar ao país”. Ainda assim, Marco António disse acreditar no PSD, um partido que, “e ao contrário do que alguns ex-fundadores andam para aí a dizer, não vai acabar”."

in Jornal Público, 07-02-2010

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