sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Rédea curta!

Aproveitei para vos deixar este post que, na minha óptica, é mais uma demonstração do verdadeiro Partido Socialista:
O PS tolerante...ou não!
O PS permissivo...ou não!
O PS plural...ou não!
O PS que ouve todos...ou não!

Concordo que qualquer bancada tenha que ter coordenação ou liderança. Mas não acredito que a prepotência seja uma boa forma de liderar.

E acima de tudo... não acho verdadeiro e honesto que um partido político venda aos portugueses tolerância e seja profundamente intolerante dentro de si mesmo!

Seria mais honesto dizer aos portugueses que a sua forma de exercer o poder político é da chamada " rédea curta "

Haja verdade!

Haja vergonha!


"Líder da bancada do PS trava proliferação de projectos 'selvagens' com origem no grupo parlamentar.

"Nunca mais!" De dedo espetado, tanto na passada quarta-feira na reunião da direcção da bancada como ontem numa reunião do plenário dos deputados socialistas, Francisco Assis impôs assim ordem: "Nunca mais" quer ver publicitados nos media projectos da iniciativa de deputados socialistas sem antes os conhecer.

O assunto ocupou ontem uma parte importante da reunião do grupo parlamentar. Pano de fundo: a intenção de três vice-presidentes da bancada (Mota Andrade, Strecht Ribeiro e Afonso Candal) de apresentarem na Comissão Parlamentar de Combate à Corrupção um projecto que tornaria públicos, na Internet, os rendimentos brutos declarados ao fisco por todos os contribuintes.

Assis desautorizou a iniciativa. Disse que enquanto for líder da bancada nunca um tal projecto avançará, pelo menos em nome do PS. Agora só poderá avançar como iniciativa individual de um (ou mais) deputado do PS. Strecht Ribeiro já prometeu que o fará, na Comissão Parlamentar da Corrupção. Mas sabendo que nunca terá o apoio oficial do seu partido. E, aliás, de nenhum outro: a ideia está condenada à morte.

Ontem, na reunião do grupo parlamentar do PS, Assis recebeu inúmeras manifestações de apoio em relação ao seu gesto de desautorizar a iniciativa dos seus três vice-presidentes. Nenhuma voz se fez ouvir apoiando a abertura do sigilo fiscal proposta. O caso foi apresentado como um "grande equívoco". A ideia estaria ainda embrionária, para discussão no grupo de trabalho criado na bancada socialista que vai preparar projectos para apresentar na Comissão Parlamentar de Combate à Corrupção. E tudo não terá passado de uma fuga de informação descontrolada, dada à estampa, em manchete, pelo DN, na quarta-feira passada.

Só um deputado desafiou o sentido maioritário das intervenções dos parlamentares socialistas: Ricardo Gonçalves, de Braga, considerou que a reacção de Assis - que interpretou como uma ameaça de demissão - foi "desproporcionada" face ao que lhe deu origem.

Francisco Assis aplicou-se na reunião a pôr água na fervura, tanto no que disse aos seus deputados como depois, cá fora, falando com os jornalistas. "Pude contar com o apoio muito claro do grupo parlamentar à atitude que adoptei, que era o procedimento possível neste momento, mas também deixei claro que houve aqui um grande equívoco na medida em que os três deputados que defendiam aquela proposta em nenhum momento ponderaram apresentá-la sem que previamente fosse discutida."

Segundo acrescentou, não viu em Mota Andrade, Afonso Candal e Strecht Ribeiro "nenhum comportamento desleal". Aliás, segundo acrescentou, se tivesse tido "a mais leve suspeita de que tinham agido com deslealdade teria adoptado uma posição mais drástica". Interrogado sobre se deu algum "puxão de orelhas" aos três deputados, Assis respondeu que não: "Aqui não há puxões de orelhas a ninguém, somos todos adultos." E deu o assunto por encerrado: "A posição final é aquela que eu enunciei, o grupo parlamentar do PS não vai apresentar aquela iniciativa, temos outras propostas que atempadamente apresentaremos, no âmbito do combate à corrupção, apresentaremos essas propostas dentro de algum tempo", declarou o líder da bancada do PS."


in Jornal
DN, 05-02-2010

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