sábado, 21 de novembro de 2009

Eleições no PSD - Vozes de Norte a Sul

Deixo aqui, para consulta dos leitores, duas posições públicas assumidas por dois militantes do PSD relativamente à situação interna do partido e ao futuro próximo do mesmo.

Confesso aos leitores que era com bastante espanto que vinha a assistir a um prolongado silêncio por parte de algumas figuras do PSD relativamente ao estado do partido.

Veremos, a partir de agora, quais as cenas do próximo capítulo.

Aqui ficam então as opiniões de Marco António Costa e de Pedro Santana Lopes no Jornal Público e no Semanário Sol.




1. Marco António Costa
http://www.publico.pt/Política/psd-marco-antonio-costa-pede-marcacao-imediata-de-eleicoes-directas-no-partido_1410782



“Deixo aqui um apelo ao presidente da mesa do congresso para que faça uma avaliação desses factos e que tome em consideração a necessidade de ser convocado um Conselho Nacional para a marcação imediata de directas no partido”, disse Marco António Costa em exclusivo à Lusa.

O líder da distrital social-democrata do Porto afirmou que “o PSD precisa imediatamente, urgentemente de eleições e que esta Comissão Política Nacional (CPN) deixou de existir enquanto órgão, está completamente moribunda”.

“A Dra. Manuela Ferreira Leite ocupa a função de presidente do partido mas já não exerce essa função”, garantiu Marco António Costa que considerou que “o partido não pode continuar assim até Fevereiro porque os danos que estão a ser causados são enormes”.

“O PSD hoje vive um ambiente de completa instabilidade interna e é ridículo ver figuras cimeiras do partido atacarem a direcção do grupo parlamentar”, acescentou.

O líder da distrital, reeleito no passado sábado, afirmou ainda que “é ridículo ver permanentemente altas figuras com responsabilidade no partido a nível nacional boicotarem a acção da direcção do grupo parlamentar”.

“A CPN do partido hoje é uma inexistência política e a prova disso é o facto da maioria dos seus membros faltarem às reuniões do órgão, como ainda recentemente foi divulgado pela comunicação social”, sublinhou.

Marco António Costa garantiu ainda que “não vai fazer o que os outros fizeram, que é tentar impingir candidatos”.




2. Pedro Santana Lopes
http://sol.sapo.pt/blogs/pedroslopes/archive/2009/11/20/Equin_F300_cios-e-Solst_ED00_cios-_2D00_-20-de-Novembro-de-2009.aspx



Clarificação
É preciso clarificar depressa o poder no PSD

A solução já não está em atitudes tradicionais nem pode ser proporcionada pelas regras caducas de um sistema desacreditado. Tem de ser trilhado um caminho assumidamente alternativo.
Por isso mesmo, seja qual for a data de apresentação do Orçamento, impõe-_-se, face ao agravamento da situação no país, que seja clarificado o mais depressa possível o poder no PSD.
São cada vez mais as matérias de elevada responsabilidade em que aparecem indivíduos a dar opiniões pessoais, como no casamento entre pessoas do mesmo sexo ou a regionalização.
Manuela Ferreira Leite pode e deve representar o PSD no debate do Orçamento. Mas nada impede que o PSD marque, inicie e desenvolva o processo de escolha da nova liderança.
Todos temos a sensação de que, quanto mais exigente é a saída da crise, mais adiadas vão sendo as decisões. O Governo, que ainda agora iniciou funções, está seriamente atingido na sua capacidade política por força dos acontecimentos das últimas semanas.
Em breve começarão as escolhas e as decisões em matéria de eleições presidenciais.
E o PSD? Tal como os outros partidos, tem de estar em pleno na sua capacidade de decisão. Não pode estar em ‘gestão corrente’.
Tenho procurado apoiar sempre a acção de Manuela Ferreira Leite. E continuo a fazê-lo. Só que o respeito pela presidente do PSD não pode fazer com que se ignore o estado do país e as exigências que essa realidade coloca a todos nós.

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